A Marinha dos Estados Unidos anunciou que, nos próximos meses, um de seus porta-aviões nucleares estará envolvido em atividades no Brasil e demais países da América do Sul. A embarcação é o USS George Washington (CVN-73), da Classe Nimitz, que será o navio líder da Operação Southern Seas 2024.
O CVN-73 e seu grupo de batalha – que inclui submarinos, destroieres e navios de reabastecimento – vai participar de “compromissos com Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Uruguai, com visitas a portos planejados para o Brasil, Chile e Peru.” Segundo a Marinha, a Southern Seas 2024 marca a 10ª missão à região desde 2007, sendo esta a terceira com o George Washington.
Comissionado em julho de 1992, o porta-aviões de 32 anos é o sexto navio de 10 navios da Classe Nimitz e o terceiro com nome homenageando o primeiro presidente dos Estados Unidos. O navio está sob comando da 4ª frota dos EUA/Comando Sul das Forças Navais, que por sua vez responde ao Comando Sul dos EUA, cuja área de atuação engloba o Caribe América Central e do Sul.
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The Nimitz-class aircraft carrier USS George Washington recently conducted at sea operations in the Atlantic Ocean.
George Washington and Arleigh Burke-class guided-missile destroyer, USS Porter (DDG 78) are slated to deploy as part of Southern Seas 2024 pic.twitter.com/D2ZhrpoQPi
— U.S. Fleet Forces (@USFleetForces) April 5, 2024
Popularmente conhecido por GW e pelo seu lema “Espírito da Liberdade”, o porta-aviões possui 330 metros de comprimento, 78 metros de largura e desloca mais de 107 toneladas d’água. Possui um par de reatores nucleares A4W da Westinghouse, que geram energia para alimentar as quatro hélices que movem o navio, bem como o restante da embarcação, incluindo as catapultas para o lançamento de aeronaves.
E por falar em aeronaves, a ala aérea embarcada do CVN-73 é composta por cerca de 90 aviões e helicópteros divididos entre nove esquadrões. Atualmente o navio transporta aviões de caça e ataque F/A-18E/F Super Hornet; jatos de ataque eletrônico EA-18G Growler; caças stealth F-35C Lightning II; helicópteros de guerra antissubmarino MH-60 Seahawk e aviões-radar E-2 Hawkeye. As aeronaves são as principais armas dos porta-aviões, servindo também para a defesa do grupo de batalha. Por fim, a tripulação do USS George Washington é composta por cerca de 6000 militares, sendo mais de 2400 apenas da ala aérea.
A última vez que o George Washington esteve no Brasil foi em 2015, durante a operação UNITAS. Na oportunidade, militares brasileiros e norte-americanos realizaram treinamentos conjuntos, inclusive com simulações de combate aéreo entre caças da Força Aérea Brasileira e da Marinha dos EUA.