Publicado em julho, o estudo do professor de estatística Arnold Barnett e do estudante Jan Reig Torra, segmenta os países em três níveis de risco para acidentes com aeronaves comerciais: mais baixo, intermediário e mais alto.
O Brasil está classificado no segundo grupo, intermediário, ao lado de nações como Chile, Índia, México, África do Sul, Hong Kong e Coreia do Sul. Os países com risco mais baixo são Estados Unidos, Austrália, Canadá, China, países da União Europeia, Japão, Israel, Nova Zelândia, Noruega, Suíça, Montenegro e Reino Unido.
Fazendo uma análise estatística dos acidentes aéreos com mortes ocorridos mundialmente entre 2018 e 2020, o estudo examina o risco geral de voar e a variação desse risco conforme a nacionalidade da companhia aérea.
“O estudo não discute por que o padrão de risco existente surgiu”, diz Barnett. “O objetivo é apresentar o padrão de risco como um ponto de partida para estudos sobre suas causas.” Entre os acidentes analisados no estudo, atos de terrorismo seriam desconsiderados.
Todos os países que não estão classificados no primeiro ou no segundo grupo estão no grupo de risco mais alto. O Nepal é um exemplo notável, tendo registrado o maior número de fatalidades (72) em acidentes aéreos no ano ado, segundo a Aviation Safety Network.
Em 2020, Barnett publicou um estudo semelhante analisando o período de 2008 a 2017, que já indicava uma tendência de maior segurança nas viagens aéreas. Contudo, ele destacou que os países menos desenvolvidos não melhoraram na segurança da aviação em comparação com países mais avançados, apesar de terem maior potencial para melhorias.
No estudo atual, Barnett constatou que sua preocupação estava correta, com o grupo de risco mais baixo composto exclusivamente por países desenvolvidos e sem representar nações do sul global ou africanas. Além disso, Barnett também concluiu que voar é globalmente seis vezes mais seguro hoje do que há 30 anos e 22 vezes mais seguro do que há 50 anos.
“Voar tem melhorado muito ao longo dos anos”, disse o especialista à BBC News Brasil. “E, dado que essa taxa de melhoria, de queda pela metade do risco, não diminuiu, podemos estar otimistas de que ela continuará nos próximos anos.”
Via: BBC News Brasil
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