O mundo está em crise, mas os os da SpaceX em relação ao seu mais novo projeto são largos.
Nas últimas semanas a SpaceX fez quase tudo que era possível para uma empresa espacial. Lançou astronautas, colocou quase 120 satélites Starlink em órbita, e faltou mesmo só dar um pulinho ali na Lua.
Mas brincadeiras a parte, os avanços da SpaceX com seu projeto de distribuir a internet uniformemente por todo o globo terrestre são notáveis. Atualmente há mais de 540 (dos 4400) satélites deste tipo em órbita, e agora a SpaceX precisa provar que o sistema pode funcionar.
O FCC (Federal Communications Commission), a agência de comunicações dos Estados Unidos, solicitou que a SpaceX prove o funcionamento do Starlink com baixa latência nos próximos 30 dias. Após isso, a FCC poderá autorizar a continuidade do projeto.
A dúvida do FCC neste caso é relacionada a uma possível incapacidade de conexão em baixa latência, visto que alguns testes apontaram um ping superior a 100ms. Em comparação com o próprio 4G e 5G este valor é ruim.
Provavelmente a alta latência pode ser causada pelo distanciamento excessivo entre os satélites, visto que a órbita ainda não está completa. Mas a FCC ainda acredita em uma possibilidade da altitude não influenciar na degradação e tempo de resposta do sinal, em comparação com os satélites geoestacionários.
O risco para Elon Musk, e a própria SpaceX, é perder um sistema que pode custar US$ 16 bilhões. De acordo com o próprio CEO revolucionário, quando a rede estiver completa a meta é oferecer conexões com no máximo 20 milissegundos de ping, e alta velocidade mesmo no meio do oceano.
Enquanto a Starlink corre o risco de ser somente um bom serviço para locais isolados e aeronaves, além de perder a ajuda de desenvolvimento do FCC, a empresa corre atrás de mais testes.
Nesta semana a Starlink abriu inscrições para usuários que desejam testar a nova internet.
Clicando Aqui é possível fazer sua inscrição de interesse em testar os serviços da Starlink, de forma gratuita. As inscrições foram abertas, mas os testes para o público geral deverão começar só no final deste ano.