Uma subsidiária alemã da Airbus pode acabar demitindo 1000 de seus 2500 funcionários. A empresa é responsável pela fabricação de peças para aeronaves civis e europeias da gigante aeronáutica europeia, mas tem trazido prejuízos e é alvo de uma estratégia de corte de gastos da Airbus.
A Airbus pretende desmembrar a Aerotec, reando alguns trabalhos realizados na companhia para outras empresas e o restante se especializando na produção de pequenas peças detalhadas. Há quatro meses a Aerotec a por reestruturações, aponta a Reuters.
Com um novo proprietário, ela também poderia trabalhar para concorrentes ou conquistar clientes de outros setores e, assim, utilizar melhor sua força de trabalho, argumenta a Airbus. A fabricante também diz que sua subsidiária seja entre 25% e 30% mais cara do que outros fornecedores e não quis falar sobre o número de empregos em risco durante a reestruturação.

O sindicato IG Metall se opõe à cisão, temendo cortes de empregos e condições de trabalho menos favoráveis após o desmembramento da unidade, na qual também são montadas fuselagens de aeronaves Airbus.
A questão está assumindo uma dimensão política. O ministro das Finanças, Olaf Scholz, candidato a chanceler do Partido Social Democrata (SPD) para as eleições federais de setembro, está planejando uma “visita de solidariedade” na segunda-feira à Aerotec.
“Nossa análise, que compartilhamos com os representantes dos funcionários no final de julho, mostrou claramente que a rota interna seria muito mais dolorosa para os funcionários alcançarem estruturas de custos competitivas”, disse um porta-voz da Airbus.
Portanto, disse ele, a empresa queria encontrar um proprietário melhor que pudesse preservar mais empregos. A Montana Aerospace da Suíça já manifestou interesse. “A janela de oportunidade para reposicionar é agora, antes que as taxas de produção voltem aos níveis anteriores à crise”, disse o porta-voz da Airbus.