Um caça F/A-18 Super Hornet da Marinha dos Estados Unidos foi registrado carregando um ‘novo’ míssil ar-ar durante o exercício Rim of the Pacific (RIMPAC), no Havaí. Chamado de XAIM-174B, trata-se de uma versão do míssil antiaéreo SM-6, utilizado a bordo de navios e agora adaptado para ser carregado e disparado de aviões.
As fotos são do fotógrafo @aeros808, que compartilhou os registros pelo Instagram na terça-feira (02). Elas mostram um F/A-18E do esquadrão de caça e ataque VFA-192 Golden Dragons, taxiando na Base Conjunta Pearl Harbor-Hickam, no Havaí, carregando pelo menos um míssil. A unidade é atribuída à ala do porta-aviões nuclear USS Carl Vinson.
Segundo o depoimento do fotógrafo ao portal The War Zone, um Super Hornet do esquadrão VFA-2 Bounty Hunters foi visto em voo com outro jato do VFA-192. Ambos carregavam um par dos novos armamentos sob as asas. Os mísseis receberam a designação NAIM-174, indicando que são artefatos de testes e avaliações.
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Esta é a primeira vez que a nova variante é flagrada em um exercício como o RIMPAC, o maior e mais completo treinamento de guerra naval no mundo. Além disso, também é a primeira vez que o SM-6 ‘aéreo’ é visto sem aletas laranjas, ostentando agora uma pintura cinza padrão, com listras azuis indicando que se trata de um armamento inerte.
A Marinha dos EUA já tem testado a versão ar-ar do SM-6 há pelo menos três anos. Ao que tudo indica, a os militares querem testar o AIM-174 em meio ao complexo cenário oferecido pelo RIMPAC, que conta com a participação de outros países.
Fabricado pela Raytheon (RTX), o SM-6 é designado RIM-174 ERAM (Standard Extended Range Active Missile) em sua versão usada em navios. O ERAM é baseado em outro míssil, o RIM-156A, adaptado com o sistema de orientação do AIM-120 AMRAAM.
É capaz de atingir velocidades 3,5 vezes maiores que a do som e acertar alvos a 240 km de distância. O RIM-174 é parte do sistema de combate AEGIS, expandido o alcance deste sistema incorporado em navios e estendendo o potencial de guerra antissuperfície contra navios inimigos.
A Marinha deseja usar o SM-6 como um míssil de altíssimo alcance contra alvos aéreos e, possivelmente, terrestres. Segundo o portal, o armamento pode atingir sítios antiaéreos e até mesmo navios.