O exercício de treinamento das Forças Aéreas da China e Tailândia, o “Falcon Strike“, precisou ser movido de local, após algumas reclamações.
“O exercício conjunto será realizado na base aérea de Nam Pong, província de Khon Khaen, pelos próximos dois anos”, disse um oficial da Força Aérea, que preferiu permanecer anônimo, pois não estava autorizado a falar com a mídia estrangeira.
De acordo com algumas fontes da Tailândia, o motivo da mudança de local é bastante simples: Moradores reclamaram do barulho das aeronaves ao redor de Udon Thani. As reclamações levaram a uma pausa dos trabalhos na última quinta-feira (18), com uma retomada dos voos em outro local na sexta-feira (19).
No total, 18 aeronaves estão participando dos treinos duas vezes ao dia e estão “fazendo muito barulho”, disse o oficial da força aérea não identificado.
O treinamento que começou no último domingo (14) deve durar 10 dias e segundo especialistas chineses, reflete o aprofundamento das trocas militares e a confiança mútua entre o Exército de Libertação Popular da China (PLA) e a RTAF. O Ministério da Defesa da China aponta que o Falcon Strike 2022 será focado em apoio aéreo, assalto terrestre e operação de força.
A Tailândia dispôs para treinamento com os chineses cinco caças JAS-39 Gripen, três jatos de ataque AlphaJet e um turboélice de alerta antecipado Saab 340 AEW&C.
A China, por outro lado, deve implantar seis caças J-10C/S, um JH-7 e um KJ-500 alerta e controle, bem como um destroier. A novidade é a presença do JH-7 no Falcon Strike, um caça-bombardeiro capaz de transportar até 9 toneladas de armamento e com um raio de combate de 1500 quilômetros.
O especialista militar chinês Song Zhongping disse ao Global Times que o exercício militar é um dos poucos em conjunto de grande escala na história dos dois países, com assuntos de treinamento complexos e equipamento militar completo.
Song disse que, no ado, houve mais exercícios de confronto entre a China e a Tailândia envolvendo principalmente a Força Aérea, em vez de exercícios integrados ar-terra.
Como a Tailândia compra principalmente armas e equipamentos do Ocidente e adota métodos de treinamento ocidentais, os exercícios ajudariam a China a ter uma compreensão mais profunda do desempenho do equipamento e das táticas do armamento ocidental, disse Song.
