Aeronaves A-29 Super Tucano, E-99 e R-99 da Força Aérea Brasileira (FAB) interceptaram um monomotor Cessna 182 na manhã desta segunda-feira (29) em Roraima, a 110 quilômetros da capital Boa Vista. A aeronave foi interceptada pela FAB e Polícia Federal dentro da Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA), espaço sobrejacente e adjacente à Terra Indígena Yanomami, por suspeita de transporte aéreo ilícito.
O avião ou a ser monitorado pelo Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) e pela PF. Por estar descumprindo as regras da ZIDA, conforme previsto no Decreto 11.405 de 30 de janeiro de 2023, a aeronave foi classificada como suspeita e o piloto de defesa aérea seguiu o protocolo das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA).
Após descumprimento das ordens do piloto da FAB, foi necessário que a defesa aérea realizasse duas rajadas de Tiro de Aviso (TAV). Nesse momento, a aeronave fez um pouso em uma pista de terra.
Após o pouso forçado, militares do Grupamento de Segurança e Defesa da Base Aérea de Boa Vista (GSD-BV) e policiais federais foram transportados ao local em um helicóptero H-60 Black Hawk da FAB. Posteriormente à realização das Medidas de Controle de Solo (MCS), a Polícia Federal realizou a apreensão da aeronave. O piloto evadiu-se do local após o pouso.
De acordo com dados do Registro Aeronáutico Brasileiro (RAB), o Cessna interceptado, de matrícula PT-KLN, teve sua matrícula cancelada em maio de 2022 por “PERECIMENTO”.
Sobre a ZIDA
Com base no Decreto Presidencial N° 11.405, de 30 de janeiro de 2023, a Força Aérea Brasileira ativou, em fevereiro de 2023, uma Zona de Identificação de Defesa Aérea (ZIDA) no espaço aéreo da região norte do país. A medida teve por finalidade incrementar a capacidade de Defesa Aérea em uma área que compreende a Terra Indígena Yanomami e adjacências, contribuindo para o combate ao garimpo ilegal em Roraima (RR).
De acordo com o dispositivo, a ZIDA é composta por: uma área reservada (Área Branca); uma área restrita (Área Amarela); e uma área proibida (Área Vermelha), cabendo ao Comando da Aeronáutica a adoção das Medidas de Policiamento do Espaço Aéreo (MPEA) contra todos os tipos de tráfego aéreo suspeitos, conforme previsto no Código Brasileiro de Aeronáutica.
O Comando de Operações Aeroespaciais (COMAE) é o responsável pelo planejamento, coordenação e execução das Ações de Força Aérea voltadas para a Tarefa de Controle Aeroespacial, conduzindo os meios aéreos necessários para identificação, coerção ou detenção dos tráfegos voando no Território Nacional.
Via Força Aérea