A Rolls-Royce começou na última quarta-feira (01) os testes dos motores turbofan F130, que equiparão os bombardeiros B-52 Stratofortress. A companhia deve entregar mais de 600 motores para equipar os jatos de 70 anos da Força Aérea dos EUA (USAF).
A avaliação marca a primeira vez que os F130 foram testados lado a lado em um pod, na mesma configuração que será usada pelos bombardeiros. Os testes estão sendo realizados nas instalações da Rolls-Royce no NASA Stennis Space Center, Mississippi.
Segundo a fabricante, o teste do motor se concentrará no fluxo aerodinâmico em vento de través, bem como na confirmação da operação bem-sucedida do sistema de controles digitais do motor. Os primeiros resultados dos testes foram muito positivos, com dados de testes adicionais a serem analisados nos próximos meses.
A USAF selecionou a RR em setembro de 2021 para fornecer 608 motores, suficiente para substituir os oito Pratt & Whitney TF33P-3 presentes em cada um dos 76 B-52 ainda em serviço. O F130, versão militar da série BR700, venceu o CF34-10 da General Electric e o PW800 da Pratt & Whitney. Os novos motores vão permitir que os B-52 estejam voando além da década de 2050, ou seja, 100 anos depois do seu primeiro voo, em abril de 1952. O jato entrou em serviço com a USAF em 1955.

“Estamos entusiasmados em iniciar este programa de teste de marco, o primeiro o para o que serão décadas de operação bem-sucedida de motores para a frota B-52 da Força Aérea dos Estados Unidos”, disse Candice Bineyard, Diretora de Programas de Defesa da Rolls-Royce.
“A Rolls-Royce continua a trabalhar em estreita colaboração com a Força Aérea e a Boeing para garantir que o processo de teste e integração do motor funcione sem problemas. Isso resultará em maior eficiência de combustível, requisitos reduzidos de reabastecimento aéreo e custos de manutenção significativamente menores para a frota de B-52. Estamos ansiosos para compartilhar os resultados dos testes com a Força Aérea e a Boeing à medida que o plano de teste avança.”

Os novos motores prolongarão a vida útil da aeronave B-52 por 30 anos. Os motores F130 são tão duráveis que devem permanecer nas asas pelo restante da vida útil da aeronave.
A troca dos motores faz parte de uma grande modernização do jato septuagenário, que também traz a eliminação de um tripulante, um novo conjunto de sistemas aviônicos de navegação, guerra eletrônica e comunicações, incluindo um novo radar e um aumento das capacidades ofensivas em geral.