Entre os dias 25 e 30 de setembro a Força Aérea da Finlândia conduziu o Exercício Baana 22, onde utilizou estradas para pousar e decolar aviões de combate. A edição deste ano, no entanto, viu o fechamento de um trecho de uma das principais rodovias do país.
O Baana é realizado anualmente pelos finlandeses para treinar a tática de dispersão de forças. Ao o que em anos anteriores o treinamento fechou estradas secundárias, a iteração mais recente viu um bloqueio de cinco dias em um trecho de 2 km na Estrada Nacional 4, que liga a capital Helsinque ao norte do país.
O exercício envolveu cerca de 200 militares para arremetidas, pousos e decolagens de aviões de caça F/A-18 Hornet, jatos de treinamento BAe Hawk Mk.51 e os turboélices de transporte Pilatus PC-12NG. Os militares levaram apenas alguns dias para preparar a pista e a floresta adjacente para permitir as operações aéreas.
“Os objetivos do treinamento são realizar decolagens e pousos com base no programa de treinamento de voo em uma base rodoviária em condições diurnas e noturnas e permitir que os pilotos operacionais realizem voos de treinamento avançado”, explicou a Força Aérea Finlandesa em um comunicado.
“O pessoal de manutenção de aeronaves e reservistas serão treinados para estabelecer uma base rodoviária e realizar suas atividades lá, incluindo tarefas de apoio e resgate.”
A operação ocorre enquanto a Finlândia está prestes a se tornar membro da OTAN, ao lado da vizinha Suécia, após a invasão da Rússia na Ucrânia e as diversas ameaças de Moscou.
Eilen päättynyt #Baana22-harjoitus sujui tehokkaasti ja turvallisesti. Koulutustavoitteet saavutettiin ja Nelostie avattiin liikenteelle etuajassa jo torstai-iltana. Palaa harjoituksen tunnelmiin – videolla Hornetin läpilasku Joutsan maantietukikohdassa! #ilmavoimat #joutsa pic.twitter.com/6clRJUi9kz
— Ilmavoimat (@FinnishAirForce) September 30, 2022
“A ameaça da Rússia ou as ações da Rússia com mísseis de cruzeiro e mísseis balísticos (na Ucrânia) provam que o conceito de operações dispersas está certo”, disse o Coronel Vesa Mantyla, chefe da Academia da Força Aérea Finlandesa, responsável pelo exercício.
As operações dispersas são amplamente treinadas por Finlândia e Suécia há décadas, como resposta à Rússia. No conceito, as respectivas forças tiram os caças de bases aéreas (alvos principais em casos de ataque) e operam as aeronaves a partir de bases improvisadas em estradas.
O treinamento também chamou atenção de moradores, que se reuniram às centenas na beira da rodovia em Joutsa para observar os aviões. Enquanto isso, as equipes treinavam o “Hot Refueling”, o reabastecimento de uma aeronave com os motores ainda acionados.
#Baana22-harjoituksen lentotoiminta on jatkunut tänään Joutsan maantietukikohdassa. F/A-18 Hornet -hävittäjien lisäksi harjoitukseen osallistuu Hawk-suihkuharjoituskoneita ja Pilatus PC-12NG -yhteyskoneita. #ilmavoimat #joutsa pic.twitter.com/pDXXlGOjd0
— Ilmavoimat (@FinnishAirForce) September 28, 2022
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No ado a Força Aérea Brasileira já treinou esse tipo de operação, que por aqui era chamada de ‘Rodopista’. O treinamento envolvia aviões de ataque AT-26 Xavante, AT-27 Tucano e os cargueiros C-95 Bandeirante.
Com informações de Aerotime, Ilmavoimat.