Após um leve atraso no cronograma de desenvolvimento, o novo Porta-Aviões da Índia, o ‘Vikrant’, foi entregue para a Marinha Indiana, e agora será testado antes de entrar em operação.
A embarcação foi produzida pela empresa indiana Cochin Shipyard Limited (CSL), seguindo os requisitos para ser o 2º navio deste tipo na frota da marinha indiana. Com 262 metros de comprimento e 45000 toneladas de peso total, o Vikrant mantém o conceito de lançamento de aeronaves por rampa, e ainda não é equipado com um sistema a vapor de catapulta de aeronaves.
Os navios indianos usam o método STOBAR que consiste numa rampa chamada de skijump. O sistema é mais simples e barato, mas limita a carga útil e/ou a capacidade de combustível dos caças. Apesar de não ter catapulta, o Vikrant utiliza cabos para frenagem das aeronaves durante o pouso.
Sua propulsão é realizada por quatro motores, como os de avião, mas adaptados para queimar gás. Ao todo são 88 MW de potência máxima, o que permite um deslocamento a 28 nós (~52 km/h). Os motores são montados sob licença pela indiana Hindustan Aeronautics Limited.

O porta-aviões a operar simultaneamente com até 30 aeronaves MiG-29K em seu convés e nos estacionamentos internos. A Índia também espera utilizar helicópteros Kamov-31 e MH-60R no seu convés, juntamente com caças em missões específicas.
O investimento total para construir o Vikrant foi de US$ 252 milhões, e apesar de ter sido lançado ao mar em 2013, sua conclusão levou quase 10 anos, demonstrando a complexidade do projeto para o país.
A Índia se vangloria de conseguir construir um porta-aviões com 70% de componentes nacionais. Todo o aço e o cobre utilizado na fabricação, por exemplo, foram obtidos no próprio país. Os militares já se preparam para o projeto do 3º porta-aviões, este com alguns melhorias significativas e novas tecnologias.
A Índia já tem um porta-aviões ativo, o INS Vikramaditya de 45.400 toneladas, onde tem como principal aeronave o caça MIG-29K.
O terceiro porta-aviões terá o nome de INS II, com um peso bruto de 65.000 toneladas. Com tudo deve-se ter o aval do governo indiano visto que uma embarcação deste porte tem um valor muito elevado.