<p><p>Nesta sexta-feira (05/07), a ligação aérea entre as duas cidades mais populosas do País, São Paulo e Rio de Janeiro, completa 60 anos de atividades ininterruptas.</p>
<p>Os grandes protagonistas dessa história são os aeroportos de Congonhas (SP) e Santos Dumont (RJ), istrados pela Infraero desde os anos de 1980, cuja conexão por ar figura entre as quatro mais movimentadas do planeta.</p>
<figure id="attachment_64340" aria-describedby="caption-attachment-64340" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-medium wp-image-64340" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/electra_737_luciano-jafet-sdu-red-800x530.jpg" alt="" width="800" height="530" /><figcaption id="caption-attachment-64340" class="wp-caption-text">Foto &#8211; Luciano Jafet/Via Infraero</figcaption></figure>
<p>Símbolos de tempos de glamour, boemia, ou negócios, os terminais carioca e paulista dão, hoje, lugar ao vai-e-vem dos mais de 26,5 mil ageiros diários da Ponte Aérea, sem mencionar aqueles com destino a outras localidades.</p>
<p>Milhões de pessoas a cada ano, que se encantam pela conveniência e beleza na chegada ao centro do Rio, com vista para o Pão de Açúcar e a Baía de Guanabara, ou a São Paulo, cujo paliteiro de prédios e grande movimento de carros, observados da janelinha, antecipam o frenesi da cidade, a poucos quilômetros do aeroporto.</p>
<p>https://www.youtube.com/watch?v=usPj1wZKDmk</p>
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<h2 style="text-align: center;"><strong><span style="font-size: 14pt;">1959: NASCE A PONTE AÉREA</span></strong></h2>
<p><img class="aligncenter size-full wp-image-64334" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/congonhas-2_red.jpg" alt="" width="736" height="488" /></p>
<p>O ano era 1959. O Brasil era governado pelo presidente Juscelino Kubitschek e vivia sob a melodia da Bossa Nova. O Rio de Janeiro era a capital federal e centro político-cultural do país. São Paulo já era a maior cidade brasileira e a sua importância crescia junto com o seu desenvolvimento industrial.</p>
<p>No final dos anos 1950, a aviação comercial no Brasil era dominada pela Panair, nos voos internacionais, e pela Real Aerovias, que estava ganhando espaço no mercando doméstico, operando 15 voos em cada trecho na ligação Rio de Janeiro &#8211; São Paulo.</p>
<p><img class="aligncenter size-full wp-image-64344" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/sdu-red.jpg" alt="" width="736" height="569" /></p>
<p>Em 1959, as companhias aéreas Varig, Cruzeiro do Sul e Vasp se reuniram e decidiram criar juntos algo novo. A proposta era operar em conjunto as decolagens e, assim, substituir voos quase vazios de cada companhia por um lucro em grupo. Nascia então a Ponte Aérea, em 5 de julho de 1959.</p>
<p>Juntamente com ela surgiu o bilhete único, que permitia ao ageiro comprar a agem e viajar em qualquer um dos aviões das três empresas. Assim, da noite para o dia, aviões começaram a sair lotados.</p>
<p><img class="aligncenter size-full wp-image-64335" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/congonhas-4_red.jpg" alt="" width="736" height="488" /></p>
<p>A recém-criada ponte aérea ou a oferecer voos a cada 30 minutos. A receita em caixa era posteriormente distribuída entre as companhias de acordo com a participação efetiva de cada uma na malha.</p>
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<h2 style="text-align: center;"><strong><span style="font-size: 14pt;">AS AERONAVES QUE FIZERAM E FAZEM A HISTÓRIA</span></strong></h2>
<figure id="attachment_64345" aria-describedby="caption-attachment-64345" style="width: 726px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-full wp-image-64345" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/ys-11-samurai-red.jpg" alt="" width="736" height="488" /><figcaption id="caption-attachment-64345" class="wp-caption-text">Samurai da VASP.</figcaption></figure>
<p>O termo “ponte-aérea” foi criado, em 1959, para denominar o acordo entre as empresas. O conceito foi um sucesso e acabou inspirando outras rotas do gênero, como as pontes Nova York-Washington e Nova York-Boston.</p>
<p>As primeiras aeronaves utilizadas na ponte aérea foram os Convair 240, da Varig; os Convair 240, 340 e 440, da Cruzeiro; e os Saab Scandia, da Vasp.</p>
<p><img class="aligncenter size-full wp-image-64336" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/congonhas-5_red.jpg" alt="" width="736" height="488" /></p>
<p>Nas décadas de 1970 e 1980, o único tipo de avião a voar no trecho era o Electra da Varig, tendo seu auge até a década de 1990, quando diariamente eram operados 44 voos em cada sentido, Congonhas e Santos Dumont.</p>
<p>Em 1991, por determinação do Departamento de Aviação Civil (DAC), os aviões turboélices Lockheed Electra II foram substituídos por aviões turbo-jatos, como Fokker 100, Boeing 737 e Airbus A320. A mudança possibilitou a empresa aérea TAM, que estava fora do acordo, a operar sua própria rota entre Rio-São Paulo.</p>
<figure id="attachment_7054" aria-describedby="caption-attachment-7054" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-medium wp-image-7054" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2016/04/Fokker100-800x561.jpg" alt="" width="800" height="561" /><figcaption id="caption-attachment-7054" class="wp-caption-text">Foto de divulgação da TAM na década de 90 para o Fokker 100.</figcaption></figure>
<p>Com isso, o acordou deixou de existir diante da nova concorrência. O termo “ponte-aérea” ou a ser considerado para qualquer viagem entre as cidades de Rio de Janeiro e São Paulo.</p>
<p>Atualmente, a Latam é a responsável pelo maior número de ageiros na ligação entre as duas maiores cidades brasileiras – são quase 17 mil voos por ano. A GOL Linhas Aéreas responde por mais de 15 mil voos.</p>
<p><em>Clique na imagem para ver as principais aeronaves.</em></p>
<p><a title="AERONAVES - PERFIL.pdf" href="http://www4.infraero.gov.br/media/677508/aeronaves-perfil.pdf" target="_blank" rel="noopener noreferrer" data-id="22840"><img id="__mcenew" class="alignnone" src="http://www4.infraero.gov.br/media/677441/grafico_1_reduzido.png" alt="" width="905" height="749" data-id="22774" /></a></p>
<h2> </h2>
<h2 style="text-align: center;"><strong><span style="font-size: 14pt;">A GESTÃO TOMA NOVOS RUMOS: O PAPEL DA INFRAERO</span></strong></h2>
<p>Criada 14 anos após ao surgimento da ponte aérea, a Infraero é parte dessa bela história. Em 1981, a Infraero a a istrar o aeroporto de Congonhas e, também, em 1987, a Empresa assumiu a gestão do Aeroporto Santos Dumont.</p>
<p>No primeiro ano em Congonhas, a Infraero iniciou a construção da sala para a ponte aérea, concluída em 1992. Esses foram os primeiros investimentos de uma série de realizações feitas pela Empresa, ao longo de mais de 30 anos de istração aeroportuária.</p>
<p><img class="aligncenter size-full wp-image-64339" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/congonhas-26_red.jpg" alt="" width="736" height="569" /></p>
<p>Hoje, o trecho Rio-São Paulo é também considerado a quarta rota doméstica mais movimentada do mundo, com quase 40 mil voos anuais, e a mais pontual do mundo, segundo a consultoria britânica Official Aviation Guide (OAG). Apenas as rotas entre as cidades de Seul a Jeju, na Coreia do Sul; Melbourne a Sidney, na Austrália; e Bombai a Nova Dheli, na Índia, possuem maior tráfego, segundo pesquisa.</p>
<p>Contudo, quando o assunto é América Latina, a ponte aérea brasileira é a rota doméstica mais movimentada, com diferença de quase 8 mil ageiros para a segunda rota, entre as cidades de Cuzco e Lima, no Peru.</p>
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<h2 style="text-align: center;"><strong><span style="font-size: 14pt;">A INFRAERO E A MODERNIZAÇÃO</span></strong></h2>
<p>Desde que assumiu a gestão dos aeroportos de Congonhas e Santos Dumont, a Infraero tem focado na modernização dos terminais visando a segurança das operações aéreas em ambos os terminais, sem deixar de oferecer mais conforto aos ageiros.</p>
<p><strong>Congonhas</strong></p>
<figure id="attachment_3213" aria-describedby="caption-attachment-3213" style="width: 686px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-3213 size-large" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2015/12/aeroporto-congonhas-sao-paulo-aerea-infraero-1024x695.jpg" alt="" width="696" height="472" /><figcaption id="caption-attachment-3213" class="wp-caption-text">Congonhas ganhou pontes de embarque em 2003. Foto &#8211; Infraero</figcaption></figure>
<p>Entre as obras mais importantes realizadas pela Infraero no aeroporto paulista, está a readequação do terminal ao tráfego de 12 milhões de ageiros ao ano. As reformas foram iniciadas em 2003 e divididas em duas fases.</p>
<p>Na primeira, houve a reformulação da área de embarque e desembarque, com a construção de um conector com 8 pontes de embarque e de um edifício garagem para 3.400 veículos.</p>
<p>A segunda fase, concluída em 2006, incluiu a readequação do sistema viário de embarque e desembarque de ageiros e dos pátios de estacionamento de aeronaves, reforma do terminal de ageiros, recapeamento da pista de pouso auxiliar e ampliação do conector, com o acréscimo de mais 4 pontes de embarque, totalizando as 12 pontes atuais.</p>
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<p><strong>Santos Dumont</strong></p>
<figure id="attachment_15364" aria-describedby="caption-attachment-15364" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-medium wp-image-15364" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2016/11/sdu_SDU2015_0113-800x352.jpg" alt="" width="800" height="352" /><figcaption id="caption-attachment-15364" class="wp-caption-text">Foto &#8211; Infraero/Reprodução</figcaption></figure>
<p>A construção do novo terminal de ageiros no aeroporto de Santos Dumont é também um marco para a Infraero. As obras se iniciaram no ano 2004 e foram concluídas em 2007.</p>
<p>O novo terminal foi entregue com 8 pontes de embarque, um conector climatizado de o às pontes e 51 balcões de check-in, totalizando 8.177 m² de área construída. O projeto, idealizado por Sérgio Jardim, preservou a simetria do antigo terminal em harmonia com o novo.</p>
<p>A sala de embarque, de material verde transparente, permite uma visão total da Baía de Guanabara, Pão de Açúcar e da Ponte Rio-Niterói. Em 2016, foram entregues as obras de reconstrução do pátio de aeronaves.</p>
<p>No mesmo ano, foi entregue a ampliação da área comercial do aeroporto, que ou a contar com um shopping, hotel e uma nova área no terminal de embarque para lojas e restaurantes.</p>
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<p><span style="text-decoration: underline;"><em>Via &#8211; Infraero</em></span></p>
<p><span style="text-decoration: underline;"><em>Com fotos e colaboração de &#8211; Gianfranco Beting e Luciano Jafet</em></span></p>
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<p style="text-align: center;"><span style="font-size: 14pt;"><strong>Infográficos</strong></span></p>
<p>Linha do Tempo da Ponte Aérea:</p>
<p><img class="aligncenter wp-image-64343" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/linha-do-tempo_red.jpg" alt="" width="500" height="2446" /></p>
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<p>Movimento de ageiros ao longo dos anos da Ponte Aérea:</p>
<p><img class="aligncenter size-medium wp-image-64342" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/grafico_2_red-800x649.png" alt="" width="800" height="649" /></p>
<p>Dados estatísticos da Ponte Aérea:</p>
<p><img class="aligncenter size-medium wp-image-64341" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/07/grafico_1_edit-711x800.jpg" alt="" width="711" height="800" /></p></p>