<p><p>1969 foi um ano mágico para os Estados Unidos, um salto gigantesco de tecnologia, por mais que o país estivesse em primeiro lugar quando o assunto era transistor.</p>
<p>Neste mesmo ano tivemos vários marcos na parte aeronáutica e espacial. O primeiro homem chegou na Lua em 1969, através de uma missão a NASA, na mesma época a Boeing realizou o primeiro voo do maior avião de ageiros do mundo, e o Concorde, uma obra de arte supersônica do ocidente, também voou pela primeira vez em 1969, poucos dias depois do 747.</p>
<p><img class="aligncenter size-full wp-image-54348" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/02/12-boeing-100-years-747-cargo-hinged-nose.jpg" alt="" width="466" height="465" /></p>
<p><em>&#8220;Imediatamente ameaçador, mas tendo um comportamento distinto de mercado do 747, é o Concorde, e ninguém em Seattle está subestimando a importância dessa aeronave avançada de concepção anglo-sa. Houve um leve choque quando se percebeu que o impacto publicitário do primeiro voo do 747, previsto para 17 de dezembro (se o clima permitir), poderia ser eclipsado pelo primeiro voo do Concorde no mesmo dia&#8221;</em>, disse Neil Harrison durante uma edição da conceituada revista FlightGlobal em setembro de 1968, mês que a Boeing apresentou o primeiro 747.</p>
<p>De acordo com quem já conduziu esse avião era dócil de pilotar, pesado e de reações lentas, exigia muito combustível e carga dos motores, mas era extremamente confiável, por maior que fosse o problema a bordo. Durante os anos provou também ser extremamente versátil, conseguindo transportar uma grande quantidade de carga ou ageiros, ou carga com ageiros, pois o porão da aeronave é bem grande.</p>
<p>O Boeing 747 transportou até mesmo o Space Shuttle, e eu não estou brincando.</p>
<figure id="attachment_54347" aria-describedby="caption-attachment-54347" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-medium wp-image-54347" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/02/29461467818_1b3fe656bf_b-800x533.jpg" alt="" width="800" height="533" /><figcaption id="caption-attachment-54347" class="wp-caption-text">Foto &#8211; NASA</figcaption></figure>
<p>A aviação estava sendo inundada pelo rápido avanço da tecnologia, já era possível voar guiado por radares precisos, os satélites já conseguiam prever o tempo a partir do espaço e registrar a formação de furacões, por exemplo, dando uma previsão climática para o piloto na rota. O sistema fly-by-wire começava a ser usado nas missões Apollo.</p>
<p>Foi realmente um ano incrível! Mas o destaque de tudo foi o 747, até então o maior avião do mundo.</p>
<p> ;</p>
<p><strong>Início do projeto</strong></p>
<figure id="attachment_12825" aria-describedby="caption-attachment-12825" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-12825 size-medium" src="http://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2016/09/14500188_1401009329927600_3774938385960973841_o-800x640.jpg" alt="14500188_1401009329927600_3774938385960973841_o" width="800" height="640" /><figcaption id="caption-attachment-12825" class="wp-caption-text">Foto &#8211; Boeing/Reprodução</figcaption></figure>
<p>O Boeing 707 era um avião consideravelmente grande para a época, e com boa autonomia. Mas a Força Aérea dos Estados Unidos queria novamente um outro avião, ainda maior, principalmente para fazer transporte de carga.</p>
<p>Uma das exigências era uma porta de carga dianteira e quatro motores ainda mais potentes. Com base nesses pontos, quatro empresas apresentaram propostas, e depois a Boeing entrou como fornecedora.</p>
<p>Uma parte desse projeto virou o Galaxy C-5, fabricado pela Lockheed, e o Boeing 747 tomou certo rumo com algumas tecnologias do próprio projeto do C-5.</p>
<p>Joe Sutter, como projetista chefe, foi responsável por formatar essas tecnologias para o novo avião da Boeing. A porta dianteira agilizava o embarque e desembarque de carga, assim como no C-5, só não era mais rápido devido ao padrão de asa baixa, mas precisamos considerar que o Boeing 747 também era uma aeronave comercial, enquanto o C-5 era um projeto exclusivamente militar.</p>
<p><img class="aligncenter size-medium wp-image-45401" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2018/07/MG_6008_DxOe-800x533.jpg" alt="" width="800" height="533" /></p>
<p>Os motores eram derivados do C-5, com maior potência devido ao turbofan que agora aumentou a relação de ar frio em relação à parte quente, era o novo General Electric CF-6, que foi bastante utilizado até surgir a nova geração de motores, para o Boeing 777, na década de 90.</p>
<p>Enquanto o mundo apostava no Concorde e no SST para o futuro, a Boeing preferiu seguir um caminho diferente, depois que uma grande companhia aérea solicitou que o Boeing 747 fosse utilizado para transporte de ageiros, ao invés de ficar com cargas de um lado para o outro.</p>
<p>Com ajuda da Pan Am, a Boeing formatou um avião que teria facilidade em transporte de ageiros e também de carga caso as suas vendas comerciais não fossem bem-sucedidas, fazendo da Pan Am a empresa que mais influenciou no projeto de alto risco da Boeing.</p>
<p>Era de alto risco porque se não houvesse a crise do petróleo na década de 70, talvez as companhias teriam optado por operar voos transatlânticos com o Concorde. E Sutter era o único projetista disponível para ser retirado do desenvolvimento de um avião, na época todos estavam concentrados no SST e no Boeing 737.</p>
<p><em>&#8220;Eles estimaram que provavelmente venderíamos mais ou menos 50 aviões 747 para uso de ageiros&#8221;</em>, disse Sutter em uma entrevista.</p>
<p> ;</p>
<p><strong>O 747-100</strong></p>
<figure id="attachment_54352" aria-describedby="caption-attachment-54352" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-54352 size-medium" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2019/02/15315139_web1_L-Boeing-747-First-Flight-2-EDH-190208-800x496.jpg" alt="" width="800" height="496" /><figcaption id="caption-attachment-54352" class="wp-caption-text">Boeing 747-100 em seu primeiro voo. Foto &#8211; Boeing/Reprodução</figcaption></figure>
<p>O primeiro modelo do Boeing 747 já foi projetado para ser um avião de dois andares, equipado com quatro motores e uma largura capaz de receber 8 assentos por fileira. Vale lembrar que naquela época a classe econômica tinha um pouco a mais de espaço, mesmo assim era possível levar quase 350 ageiros em uma configuração típica de três classes.</p>
<p>Esse segundo andar pequeno na verdade era um local para a tripulação, em um voo de carga, mas que na versão para ageiros a Boeing sugeriu que fosse utilizado como <em>Lounge</em>.</p>
<p>A primeira encomenda foi realizada pela Pan Am, em 1966, quando o primeiro avião ainda estava no papel, e longe da linha de montagem. Desde então a equipe da Boeing teria 28 meses para desenvolver esse avião, em uma época de poucos computadores e CNCs, esse era um imenso marco para a fabricante.</p>
<p>Everett apareceu como uma solução ainda em 1966 para montar o Boeing 747, era um espaço de 780 acres, perfeito para fazer uma linha de montagem enorme, capaz de montar vários aviões dessa envergadura ao mesmo tempo, e até hoje um dos maiores centros de montagem de aeronaves do mundo.</p>
<figure id="attachment_12807" aria-describedby="caption-attachment-12807" style="width: 690px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-12807" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2016/09/boeing-747-rollout1969_28393.jpg" alt="" width="700" height="457" /><figcaption id="caption-attachment-12807" class="wp-caption-text">Comissárias das companhias aéreas clientes do avião. Foto &#8211; Boeing/Reprodução</figcaption></figure>
<p>Em 1968 a apresentação oficial do Boeing 747 ocorreu exatamente no dia 30 de setembro, quando uma comitiva de 26 companhias aéreas clientes do avião puderam ver a maior aeronave para transporte de ageiros do mundo.</p>
<p>Foram quase cinco meses de vários entraves e problemas, que vamos descrever melhor na parte de projetos, e em 09 de fevereiro de 1969 o Boeing 747 pela primeira vez retirou seu trem de pouso do solo através da potência dos motores e da sustentação gerada pelo par de asa.</p>
<p>O primeiro voo durou menos que o previsto pelos engenheiros da Boeing, durante um teste nos <em>flaps</em> do avião uma assimetria de sustentação foi gerada devido ao travamento de uma parte do conjunto de <em>flaps</em>, a Boeing até hoje não divulgou em qual asa ocorreu este problema. Mas o voo que deveria durar mais de duas horas, ficou no ar por 76 minutos.</p>
<p><amp-youtube layout="responsive" width="909" height="511" data-videoid="qriBdP2wIko" title="Boeing 747-100 ";jumbo jet"; first flight tribute from Smithsonian National Air and Space Museum"><a placeholder href="https://www.youtube.com/watch?v=qriBdP2wIko"><img src="https://i.ytimg.com/vi/qriBdP2wIko/hqdefault.jpg" layout="fill" object-fit="cover" alt="Boeing 747-100 ";jumbo jet"; first flight tribute from Smithsonian National Air and Space Museum"></a></amp-youtube></p>
<p>O segundo voo ocorreu normal e desde então os protótipos do 747 acumularam 1400 horas de voo até a certificação da aeronave, em dezembro de 1969.</p>
<p>Todo o desenvolvimento dessa aeronave endividou enormemente a Boeing, que estava devendo US$ 2 bilhões no final de 1969, um valor que hoje é ainda maior, se for corrigir a inflação do período. Vale ressaltar que era uma outra época, onde os 25 aviões Boeing 747 da Pan Am valiam a mesma quantia em comparação com uma aeronave 747-8 atualmente.</p>
<p>Os diretores da empresa norte-americana exigiram que o projetista Joe Sutter demitisse 1000 trabalhadores do projeto, mas ele foi ousado e pediu a contratação de mais 800 para acelerar a concepção do Boeing 747, a Boeing acabou contratando os 800 trabalhadores e não demitiu nenhum envolvido com a aeronave.</p>
<p>Fruto de um projeto bem congelado e amplamente testado em solo, o Boeing 747 entrou em atividade já no dia 22 de janeiro de 1970, menos de um ano após o primeiro voo, em uma rota clássica da Pan Am, ligando Nova York com Londres.</p>

<p>Foi um investimento excelente da empresa, que entregou 92 aviões deste modelo em 1970, suficiente para pagar quase todo o desenvolvimento.</p>
<p>De qualquer forma o 747-100 durou pouco no mercado, e logo foi substituído pela versão -200, que surgiu em 1971 com maior desempenho. Vale ressaltar que nesse ponto o 747-200 ainda utilizava a mesma tecnologia da primeira versão, ou seja, tinha a necessidade de tripulação técnica com dois pilotos e um engenheiro de voo.</p>
<figure id="attachment_48466" aria-describedby="caption-attachment-48466" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-medium wp-image-48466" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2018/10/1ef89828b88cdb33736b1e5136e665db-d5dg5q7-800x600.jpg" alt="" width="800" height="600" /><figcaption id="caption-attachment-48466" class="wp-caption-text">Cockpit do Boeing 747-100. Sim, nada de telas, só &#8220;rehos&#8221;.</figcaption></figure>
<p> ;</p>
<p><strong>Projeto</strong></p>
<p>Como falamos anteriormente, esse projeto foi extremamente complexo para a Boeing, mas logo depois que as companhias aéreas demonstraram interesse, a fabricante percebeu que realmente precisava investir no projeto.</p>
<p>A construção em Everett começou em 1966, inicialmente seria um hangar &#8220;simples&#8221; e capaz de produzir o Boeing 747 em série, vale ressaltar aqui o tamanho da envergadura dessa aeronave.</p>
<figure id="attachment_12822" aria-describedby="caption-attachment-12822" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-medium wp-image-12822" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2016/09/14435141_1401009849927548_3672400963384485310_o-800x625.jpg" alt="" width="800" height="625" /><figcaption id="caption-attachment-12822" class="wp-caption-text">Um Boeing 747 em montagem no centro de Everett. Foto &#8211; Boeing/Reprodução</figcaption></figure>
<p>Na melhor rapidez americana da década de 60, uma maquete em tamanho real foi construída em Everett para alguns testes, como o de emergência em voo, que utiliza as saídas de emergência. Isso não era bizarro por causa da maquete, até bem-intencionada, mas ela estava em um prédio que não tinha telhado naquele momento.</p>
<p>O primeiro teste das saídas de emergência exigiu uma mudança no projeto, principalmente na forma dos escorregadores infláveis, pois várias pessoas ficaram feridas nesta ocasião. O tempo de evasão da aeronave foi quase o dobro do permitido pela FAA.</p>
<figure id="attachment_37764" aria-describedby="caption-attachment-37764" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="size-medium wp-image-37764" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2018/02/tumblr_mzgys9BveL1skp1rlo1_1280-800x479.jpg" alt="" width="800" height="479" /><figcaption id="caption-attachment-37764" class="wp-caption-text">Mapa das áreas do Boeing 747 da Pan Am.</figcaption></figure>
<p>Ainda resolvendo esse problema, a equipe de desenvolvimento estava concentrada nos testes de sistemas auxiliares, muito feitos em Renton enquanto o centro de Everett ainda estava em construção.</p>
<p>Uma característica do Boeing 747 é a quantidade de sistemas redundantes na aeronave, indo desde o sistema hidráulico de acionamento das superfícies aerodinâmicas, até mesmo ao trem de pouso, que foi projetado para possibilitar o pouso da aeronave mesmo que tivesse uma pane em somente um conjunto. Era um projeto baseado na &#8220;árvore de falhas&#8221;, um recurso usado para avaliar a redundância da aeronave, e evitar acidentes por problemas mecânicos.</p>
<p>O programa de testes ainda sofreu alguns atrasos, por problema nos motores Pratt &; Whitney JD-9, acidentes como o ocorrido em dezembro de 1969, oscilações nas asas e estabilizadores em voo, e alguns problemas nos primeiros voos relacionados ao sistema hidráulico.</p>
<p>Algumas soluções foram importadas de outras aeronaves, a escada em espiral que levava ao andar superior, era uma ideia já implementada no 377.</p>
<p> ;</p>
<p><strong>Os anos seguintes</strong></p>
<p>O Boeing 747 resistiu aos seus anos no mercado, mesmo com vários problemas gerados por crises no mercado financeiro, combustível alto, concorrentes como o DC-10, MD-11 e Lockheed Tristar, e ainda conseguiu acumular 1189 entregas ao longo de 30 anos de existência, ou neste caso 1546 em 50 anos.</p>
<p>Notavelmente a Boeing canibalizou a sua própria aeronave com o lançamento do Boeing 777, e suas versões de longo alcance com certificação ETOPS.</p>
<figure id="attachment_18472" aria-describedby="caption-attachment-18472" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-18472 size-medium" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2017/01/747-E-747SP-800x533.jpg" alt="" width="800" height="533" /><figcaption id="caption-attachment-18472" class="wp-caption-text">Boeing 747-100 e 747-SP.</figcaption></figure>
<p>O Boeing 747-200 foi lançado em 1971, já o novo 747-300 com aumento da capacidade de assentos chegou em 1980, um pouco antes a versão reduzida 747-SP foi lançada, com alcance ampliado e menor capacidade de ageiros.</p>
<p>Poucos anos depois a Boeing lançou um 747 com a mesma capacidade do -300 e novas tecnologias importadas do 767, dispensando desta forma o Engenheiro de Voo, além disso os novos motores eram mais econômicos e potentes, essa versão é a 747-400.</p>
<figure id="attachment_4222" aria-describedby="caption-attachment-4222" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-4222" src="https://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2016/01/Boeing_747-8_N6067E_Paris_Air_Show_Beltyukov.jpg" alt="" width="800" height="533" /><figcaption id="caption-attachment-4222" class="wp-caption-text">Boeing 747-8I, com capacidade para até 420 ageiros em três classes. Foto &#8211; Wikipédia</figcaption></figure>
<p>Já em 2008 a Boeing lançou o 747-8, baseado nos novos motores e sistemas do 787, além de um considerável aumento da fuselagem, era uma opção com maior economia de combustível para as empresas de carga.</p>
<p>No Brasil o Boeing 747 foi usado pela Varig, que teve na sua frota os modelos 200, 300 e 400. Esses voavam para a Europa, os EUA e rotas na Ásia, a partir do Aeroporto do Galeão e depois no Aeroporto de Guarulhos.</p>
<figure id="attachment_12808" aria-describedby="caption-attachment-12808" style="width: 790px" class="wp-caption aligncenter"><img class="wp-image-12808 size-medium" src="http://www.aeroflap.com.br/wp-content/s/2016/09/B747-400-anuncio-grande-800x513.jpg" alt="Boieing 747 Varig" width="800" height="513" /><figcaption id="caption-attachment-12808" class="wp-caption-text">Imagem via &#8211; Blog Cultura Aeronáutica</figcaption></figure>
<p>Ao todo, a Boeing já entregou mais de 1540 aeronaves do modelo 747, em suas diversas versões. Atualmente o &#8220;jumbo&#8221; só registra 24 encomendas para a versão cargueira 747-8F, e encaminha para o fim de sua produção nos próximos anos.</p>
<p>Apesar de toda essa história, o Boeing 747 garante até hoje uma soberania da Boeing no campo dos aviões widebody, para viagens de longa distância, onde a Boeing lidera o mercado com o 787 e o 777.</p>
<p> ;</p>
<p><strong>Bônus &#8211; Vídeo do Boeing 747 da NASA, modificado para levar o Space Shuttle na parte superior da fuselagem.</strong></p>
<p><amp-youtube layout="responsive" width="909" height="511" data-videoid="WcI1e4KiDv0" title="Shuttle Carrier Aircraft"><a placeholder href="https://www.youtube.com/watch?v=WcI1e4KiDv0"><img src="https://i.ytimg.com/vi/WcI1e4KiDv0/hqdefault.jpg" layout="fill" object-fit="cover" alt="Shuttle Carrier Aircraft"></a></amp-youtube></p>
<p> ;</p>
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<p>Nota do editor &#8211; <em>Essa matéria foi baseada e adaptada a partir de um artigo do Portal Aeroflap originalmente criado no dia 30 de setembro de 2018, quando a apresentação do primeiro 747 completou 50 anos. Adicionamos mais informações e fotos ao longo do texto.</em></p></p>